15 agosto 2007

Tropa de elite osso duro de roer (Tropa de Elite)

E bota duro nisso... Duro e pesado feito chumbo. Chumbo grosso na cara dos “Zé Pequenos” da vida, na cara, pra estragar o velório.
Primeiro pelo ridículo deste fascínio de alguns produtores pelos descaminhos do crime organizado no Rio de Janeiro. Mas até aí, tudo bem!
Segundo que é difícil engolir a história de que há policiais honestos. Eles todos são mal pagos e enfrentam todo tipo de desaforo. Fora o descrédito da população que, às vezes, tem mais medo deles do que dos reais bandidos.
Falemos, então, das duas lições de vida do filme capturadas por esta jornalista:
1- A violência pode ser justificada
2- Os ricos não devem se meter com os pobres.
Vejamos... Se uma criança trabalha para o crime organizado devemos arrancar dela as informações a qualquer custo. “Traz o plástico!” E tudo se resolve. Ele é pequeno, fraco, frágil e está nisso porque quer, pois oportunidade não falta. Tem tanta ONG ajudando lá no morro.
Opa! Mas não foi neste mesmo filme que a galera zona sul da ONG se f****? Daí vem a segunda moral da história: os ricos devem ficar na zona sul e os pobres no morro. Não tem nada que se misturar e ONG não serve pra nada.
Eu posso estar enganada, mas de onde venho, o trabalho das ONGs faz diferença, SIM. E costuma mudar a vida de muita gente com trabalho de mauricinho e patricinha que está ralando lá dentro, passando por situações, no mínimo, embaraçosas, pra desencargo de consciência. Pelo menos estão fazendo alguma coisa, certo? Não ficam só no falatório.
E outra... Eu não entendo muito de direitos humanos, mas abuso de poder não é crime?

Mudando de assunto...

Aplauso pelas atuações de Wagner Moura e Caio Junqueira (este em especial).
Apesar de um roteiro, digamos, arbitrário, valeu a pena!

(“Tropa de Elite”, 2007, José Padilha)

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