20 novembro 2007

Mutum

Eu provavelmente não terei palavras nem argumentos para qualificar este longa. Não porque meu vocabulário seja pobre, mas porque faltam palavras no dicionário para se equiparar ao filme.
Além da fotografia espetacular: um árido cruel, sol, locações, tudo conspira.
As atuações (que também envolve o trabalho da diretora estreante, especialmente com as crianças)... Sem palavras. Foi natural, foi convincente! Dá pra sentir da cadeira a força da história, a emoção dos personagens.
E destaco uma cena pela qual me apaixonei: Thiago, Felipe e os irmãos estão na varanda de casa, rindo. Esta é a cena! È simples e grandiosa. Traduz a inocência das crianças e o desconhecimento da situação difícil em que se inserem. Fantástico!
Eu sou bastante emotiva e esta foi mais uma película que me fez desidratar. E tive o prazer de assisti-la durante o Primeiro Plano Festival de Cinema de Juiz de Fora, o que me permitiu conversar um pouco com a conterrânea Izadora Fernandes (mãe) e o Rômulo Braga (tio Terez). Mas só no dia seguinte, porque foi difícil até olhar nos olhos deles sem me emocionar. Faltaram, como agora, palavras adequadas para elogiar o trabalho.
De 0 a 10: 27!!

(“Mutum”, 2007, Sandra Kogut)

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